Sexta-feira. Que maravilha.
-Dia de agarrar os embróglios pelos cornos.
- Dia de despachar tudo, deixar tudo feito para tar na alheta às 19h00, mas nunca, nunca conseguir.
- Dia de chegar a casa a suar do bigode, comer às três pancadas e ter o telemóvel a tocar de 5 em 5min a pedirem para me despachar.
- Despachar-me e ainda ter de ficar à espera de uma amiga ou de um amigo piores do que eu. Já conheço dois que me ultrapassam nesta vida de chegar atrasada a todo o lado.
- Sair de casa a correr de salto alto e atravessar o parque de estacionamento onde, para além dos carros habituais, me esperam sempre às sextas e sábados à noite uma grupeta de mandriões que adoram elogiar os meus modelitos. Tenho de admitir que nesta altura da minha vida já não consigo viver sem eles. Dão-me um jeitão à auto-estima e fazem-me sentir a mulher mais sexy do mundo. O pior é que têm todos entre 16 e 18 anos, mas enfim, não se pode ter tudo.
- Enfiar-me no carro todo sujo, a afastar o pó e as batatas fritas da paragem na roulotte do fim-de-semana anterior.
- Chegar ao destino (seja lá ele qual for, que pode-me dar uma veneta e mudar de rumo como quem muda de cuecas)
E é assim, apesar de tudo, estou aqui quase na hora de almoço e a saber que logo é o que me espera, o que reflecte a grave monotonia que se anda a apoderar da minha vida. Bom, tenho de dizer que apesar de tudo eu não me preparo nesse sentido (desculpem, mas tinha de usar esta expressão...)
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