Tínhamos 15 anos e estávamos sentados nas escadas do pavilhão onde costumávamos jogar à bola. Era Verão e estava um calor insuportável. Aquela temperatura que só fazia naquela altura, quando ainda tínhamos três meses de férias intermináveis.
E, naquele final de tarde, pensávamos como era espectacular se algum de nós já tivesse carta para podermos ir passear e não ficarmos ali, como ficávamos todos os dias, sentados nas nossas bicicletas. Pensávamos que o mundo era nosso, se por acaso algum de nós tivesse carta. E que, se algum de nós tivesse carta, nunca estaríamos aborrecidos.
Ontem, quando desci as escadas do mesmo pavilhão depois do jogo de futebol, pensei nisso.
Apesar de nenhuma de nós ser particularmente fã do Facebook, não somos débeis mentais. Ou seja, conseguimos perceber a importância do meio em si mesmo.
Por isso, e porque está na moda, tal como nós, para quem quiser ser nosso seguidor ou lá como se chama, botem fogo na peça.
Ela tinha 14 anos, cabelos aloirados sempre alinhados ao meio e adorava vestir-se com camisolas de flanela totally grunge e com umas doc martens bem gastas.
Dentro do que é a dinâmica de uma escola nos subúrbios de Lisboa podia considerar-se uma rapariga popular. O cabelo loiro era uma pequena fonte de luz que nunca a deixava passar despercebida. Era boa aluna. Mesmo assim estava tão perdida como qualquer um naquela escola. Quem sou, quem vou ser, quem são os meus melhores amigos para sempre, porque se me parte o coração, eram as perguntas que todos partilhavam. Talvez por saber isso fazia questão de andar sempre com um caderninho na mala com muitas perguntas, que entregava aos amigos para responderem. Parolices da idade...
Ele era um aluno de quatros e de um cinco regular a educação fisica. Além do desporto sabia tocar guitarra, uma qualidade muito especial nesta idade. Era normal conseguir reunir um grupinho à sua volta para ouvi-lo tocar e cantar. Ah é verdade, ele também cantava. E as raparigas derretiam-se. Todos os entrevalos o grupo repetia as mesmas músicas acompanhados pela guitarra. Ela estava sempre nesse grupo.
Um dia ela teve de sair da escola, um divórcio súbito, uma mudança radical na vida da mãe,"vamos morar para outra cidade" e se fosse noutra idade até teria sido muito fácil manter o contacto, mas porque era aquela a idade que tinham, não foi.
Mas ainda hoje, quando ouvem essas músicas, lembram-se um do outro.
A Olivia Palermo e o namorado Johannes Huebl são tão freakin' estilosos. São um regalo para a vista, não há dúvida que são. Ela está sempre gira de morrer, ele É giro de morrer. Que fórmula do caraças.
Esta miúda tem qualquer coisa que a minha lógica não consegue explicar. Apesar da grande biiatch que é no The City, eu dou por mim a torcer para que as coisas lhe corram bem. Talvez seja por ter o nome da minha mãezinha, talvez porque, na verdade, quase só vejo a série para ver o que ela tem vestido. E agora é isto: arranjou um namorado impecável.
Raramente me apanham no Mcdonald's, mas depois de ter visto uma colega de trabalho a comer umas batatinhas fritas provenientes do dito cujo não fui capaz de resistir.
Vamos lá a ver, eu nem morro de amor por aquilo, mas de vez em quando as hormonas femininas flipam, não é? E agora para além de ter contribuído para o meu colesterol, sinto que as minhas glândulas celulíticas se estão a expandir até aos calcanhares...
Para evitar uma expansão mais alargada, estou já a tentar travar os nuggets de frango com uma litrada de chá verde.
A gente ouve cada coisa... Ontem fui sair com umas amigas e, nos entretantos, chegam uns amigos conhecidos. Um deles dirige-se a uma das raparigas e diz-lhe, e passo a citar:
- Bebe menos, fuma menos, come menos e faz mais exercício!
- Porquê? Achas que estou gorda? - pergunta ela, elevando o seu orgulho como quem diz: se eu sou gorda, vou ali já venho...
- Não estás gorda. Mas sei bem que debaixo desse vestido tens aí um pneu.
SoNot, acho que podes respirar de alívio. Não és nenhuma Rachel Zoe (também deve ter engolido o filho, não?), mas nunca ouviste uma destas, aposto!
Existe a teoria do batom, que surgiu após a crise dos anos 30. Aquilo, realmente, foi uma crise dos infernos.
Ao que parece as senhoras, que nessa altura perderam poder de compra, não deixavam o seu look ficar nas ruas da amargura. E, portanto, se não havia cá dinheirinhos para desperdiçar em bolsas top, trapinhos in e sapatinhos do bom e do melhor, o batom vermelho fazia as vezes.
Hoje, cá estamos nós na mesma. É realmente uma miséria ter de viver nestes tempos de consumismo desenfreado sem poder gastar mundos e fundos. Mas mulher que é mulher não se deixa ficar no seu pior. E eu tenho uma nova teoria: a teoria do verniz.
É uma febre que não se pode e, apesar da crise, a maioria das mulheres prefere investir num bom verniz de 25€ em vez de ir à loja comprar um parzinho de jeans do mesmo preço. E quem ainda não faz, vá, confesse lá: anda sempre à cata na candoga de um 300% fake o mais possível para chegar à cor do Chanel, do Yves, etc, etc.
Depois desta breve análise social acho que já posso dizer que a nova teoria desta crise actual é da minha autoria, após ter lido muito blogue, ter visto muitas unhas de amigas e até mesmo as minhas. Clap, clap.
Senhorzinho, porque dás os genes de magro a uns e não a outros? Bem sei que temos de ser todos diferentes, mas achas justo a Rachel Zoe estar mais magra do que eu quando está grávida de 7 meses?
Este Sábado começo no ginásio e será a minha primeira resolução de ano novo a ser cumprida.
Hoje vou aos saldos. Duvido tanto dos saldos como do poço dos milagres da terra da minha mãe: já sei que não funciona mas pelo sim pelo não, vou lá ver.
Na terrinha sempre houve um menino que ficou sarado das feridas que tinha nas pernas à pala da água santa por isso cruzem os dedos... Se o milagre decidir acontecer depois faço um post sobre as pechinchas, qual bloger maria-vai-cas-outras!