sábado, 5 de novembro de 2011

5 minutos de FAMA

Se aquela coisa dos 5 minutos de fama significa ter uma mão cheia de gente a olhar para nós e depois sermos levados ao colo, então acho que já tive os meus.


Foi na passada semana. Ia eu no meu melhor a descer as escadas rolantes no metro, depois de um dia trabalho mixado com chuva intensa e um cabelo de fugir. No momento em que pus a minha galocha no primeiro degrau e pensava no que havia de vestir no dia seguinte para uma reunião de alto gabarito, eis que uma fórmula viscosa me faz balançar. Comecei a praguejar interiormente (esta chuva, este piso molhado, raios...), mas fui interrompida abruptamente quando o meu balanço corporal se decidiu não por uma humilde queda de bum bum, mas antes por uma grande e espalhafatosa aterragem de cabeça até ao fim da escada. Fora segundos de verdadeira angústia, caros leitores, onde pensei que ia desta melhor ou que poderia ganhar mais uma hérnia para a minha colecção até que decidi entregar-me ao meu destino fatídico - já que não me conseguia levantar, pois estava em andamento de pernas para o ar - e deixei-me ir, à espera da luz...


Uma pequena multidão veio então em meu auxílio e houve um homem incrível (não estejam a pensar num jovem salvador ao estilo baywatch, era mesmo um velhote simpático) que me levantou nos braços para evitar que fosse sugada pelo fim da escada, enquanto uma mulher gritava "ai, meu Deus, ai meu Deus".


A minha fama foi efémera, claro, mas ao contrário de muito boa gente fiquei com umas fantásticas nódoas negras para recordar aquele momento por mais uns tempos.

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