domingo, 19 de dezembro de 2010

Gaga's show

Imagem DN

Todos aqueles que me conhecem sabem bem que nutro uma simpatia acentuada pelo fenómeno Gaga. Não é fácil digerir esse gosto quando o partilhamos praticamente sozinhos e os demais nos olham fulminantemente. Foi por esse motivo que no passado dia 10 de Dezembro me dirigie all by myself para o Pavilhão Atlântico.


De bilhete em punho, lugar na plateia e sem companhiaa posso dizer que foi uma experiência muito engraçada e da qual nunca me irei esquecer. Saltei, pulei e cantei, mesmo não sabendo todas as letras, tudo literalmente como se ninguém me estivesse a ver.


A senhora em si é um freak show, mas muito bem feito e muito bem pensado. Tudo ao pormenor, nada ao acaso, e é de isso que gosto. Sabem aquelas obras literárias em que existem sempre muitas metáforas, eufemismos, hipérboles e mensagens subliminares? Pois, a Lady Gaga também é assim, mas a um nível pop, o que quase sempre é sinónimo de trash.


Para quem não sabe, ela aprendeu com o melhor, dedicando tempo à exaustiva leitura de Andy Warhol e da sua pop art. Ela é um produto disso. Estudou bem a lição e arranjou um formato nunca antes visto, apesar da inevitável inspiração em ícones da pop.


Quem me conhece também sabe que digo sempre isto: ela é o melhor produto de marketing dos últimos tempos e, melhor ainda, assinado pela própria. Acredito que haja muita gente que não goste das músicas, que não goste do visual e da sensação quase incomodativa que se fica ao vê-la, por exemplo, a passar uma pochete de picanha à Cher. Enfim, são estratégias.


A senhora já mostrou que toca muito bem piano (até com saltos altos), guitarra (enquanto piano só com uma mão) e que tem uma voz afinada (sem playback e sempre a bombar). E que é inteligente também.


Alguém aqui gosta da Polaroid? Sim? É que a Lady Gaga é a directora criativa da marca...

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