quarta-feira, 28 de julho de 2010

Podes fugir...


... mas não te podes esconder. Eis o concurso de novos talentos na área do design de moda que foi, custa-me admitir, um verdadeiro caos.


Eu e as so-so fomos ver, e íamos mais do que preparadas para apanhar modelitos de fugir. E vieram. Muitos. E nós sem nos podermos esconder, nem queríamos! Era tudo tão bom, que valia a pena ver até ao fim.


Mas foi o fim, sim, o fim, que deitou tudo a perder. Depois de alguns modelitos horrendos, que queriam fazer showbiz em vez de consolidarem as suas criações, eis que surge o voto do júri. Constituído por uma panóplia de gente infernal, como a Mónica Lafayette (quem é esta pessoa, alguém me explica?), o Nuno Gama, cabeça de cartaz, sai-se com esta.


- És a vencedora! Porquê? É uma pergunta que tens de fazer a ti mesma. Eu não faço a mínima ideia!


Ah, está bem. Mas espera lá, que agora vem outra membro do júri explicar melhor (o público acalma, e fica atento ao discurso).


- Tu ganhaste porque foste a melhor!


Agora sim, está toda a gente esclarecida. Para quem ainda tiver dúvidas, esperem para ver os modelitos da designer vencedora à venda no ClubeFashion.



Medo.

Em resumo, o melhor desta noite:

* O Nuno Gama, que estava on drugs, como bem descreveu a AweSome;
* A Mónica Lafayette, uma pessoa que brilhava com a sua crista encarnada e o seu vestido afro-oriental ornamentando com lantejoulas que feriam as vistas dos demais;
* A maior parte dos concorrentes, só dois ou três é que nos pareceram pessoas de boa fé e sentido apurado;
* O híbrido de peito de homem, com camisa justa decotada de mulher, cabelos compridos e malote de mão, com um jaleco de ganga aberto de par em par. Estava na fila da frente, sobre um holofote radioso.

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